Desilusão..

Sentimento profundo.. vazio, intenso..

Impressão de ter esquecido algo, de ter deixado para trás o que, para ti, sempre tivera muita importância.

Havia grande êsmero em suas ações, no seu íntimo, em tudo o que era feito e pensado.

No entanto, ao olhar os restos não consegue mais se identificar, mal se vê. Não consegue descrever mais nada.. apenas esse sentimento lhe toma.

O cerceia tão profundamente que até lhe tira a respiração.

A tristeza passa a ser tão intensa que mal consegue sentir seu próprio corpo.

Desespero..

Tempo..

Ele passa, voa, vai longe, não volta.

Pará-lo é algo impossível. Quem dera se tivessemos a capacidade de pausá-lo, por alguns minutos, que fossem, apenas como forma de termos um pouco mais daquilo que tivemos em determinado momento, para não deixá-lo ir tão rapidamente e aproveitar um pouco mais daqueles singelos instantes.

Ainda mais do que isso, quem sabe ter a oportunidade de pensar melhor em situações cuja pressa não tenha nos proporcionado outra escolha ou nos dado espaço para raciocinar direito e fazer tudo de novo e diferente.

Correria danada que nos impõe posicionamentos àgeis e certeiros, diariamente.

Pausa. Pausa para pensar, para meditar, para se centrar e entender mais claramente tudo. Por que?

O indivíduo não vive mais.. apenas sobrevive.

"Pode parar porque eu quero descer".

Conscientemente sou..

Ser o membro mais importante dentro do meio nos torna algo complexo, de certa forma.

Complicado, inclusive, se auto-intitular. Óbvio, entretanto, difícil de aceitar toda essa responsabilidade que nos é imposta, mesmo que seja feita por nós mesmos.

Não seria utópico afirmar que, certamente, sejamos os indivíduos mais comprometidos e maduros para administrar processos, acontecimentos, sentimentos, enfim..

O pior de tudo, em suma, é tentar encontrar a tenuidade, o equilíbrio para visualizar o lado positivo e negativo da situação - sem puritanismo.

Inúteis por natureza, a maioria dos menos "privilegiados" quase nunca é apta à nada além do que o seu egoísmo permite. Pouco colaboram com o bem comum, pouco pensam e refletem à respeito do que pode e deve ser feito em busca de melhorias efetivas.

Feminismo? Não, definitivamente. A realidade é cruel o bastante e, embora não deixe de ser um fato, nos engrandece ainda mais a cada dia.

Meninos, garotos, homens.. acordem, inferno!

Abusivo..

O comportamente humano é algo que, realmente, nos surpreende.

Díficil entender até que ponto o indivíduo se confunde ao tentar permanecer dentro de um grupo simplesmente pela busca de status, sendo que este, definitivamente, não pertence àquela classe, seja por incapacidade, inadequação ou não aceitação.

Incrivelmente, a ganância de querer sempre mais o cega e faz com que este passe por cima daqueles que, muitas vezes, poderiam ser o alicerce para o atingimento dessa posição tão pleiteada.

Peculiaridades à parte, uma característica bastante marcante nesse tipo de indivíduo remete à falta de respeito perante aqueles que estão à sua volta - sem exceção - intolerância demasiada e, obviamente, ignorância, falta de conhecimento mesmo, tanto do meio em que está inserido quanto de si próprio, de suas aptidões e particularidades. Acima de tudo, de seus defeitos - pontos a serem melhorados.

Abuso de poder, petulância, ignorância, falta de discernimento. Temos ae aquele tal conhecido como "o sem noção".

Isso é o que comumente ocorre quando é dada autoridade à quem não tem controle nem mesmo instrução de como lhe dar com si próprio, imagine com os outros. Definitivamente, tal indivíduo não está apto a gerir pessoas nem processos.

Pior do que ele, somente a pessoa que acreditou e o intitulou ser quem é.