terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Simples..


Aprisionamento

Eis a palavra certa para definir o desejo de tal sentimento.
Vontade louca de prender algo que muito te importa a si mesmo, de forma com que nenhum outro ser tenha a oportunidade de vê-lo, sentí-lo, tocá-lo.

Ciúmes

Grande definição enraizada dentro do aprisionamento. Não querer, não poder, não fazer, determinar tudo o que é de sua vontade à outrem. Este aparece quase sempre aliado ao egoísmo, embora não seja o único responsável por este ciclo.

Insegurança

O que realmente desencadeia todas essas vontades, juntas..
O medo de perder algo que, provavelmente, em tais circunstâncias, de fato nunca lhe pertenceu.. caso tenha ocorrido, esqueça, não é mais seu.

Paixão?

Fogo que arde sem se ver, só se sente e provoca ansiedade, inquietude, desejo, tesão, vontade de.. TUDO! rs
Onde entra o amor?
Ele sempre esteve ali, presente, embora não soubesse ao certo se impor pois fora massacrado por todos esses sentimentos antes mesmo de ter tido a oportunidade de aflorar mesmo que delicadamente. Amor próprio? Se foi..

Podem estar juntos, terem sentimentos e interesses mútuos, no entanto ainda são dois, cada qual com suas particularidades e individualidades, sempre.

Se não for assim, simplesmente não funciona.

Pecadinhos..


Uma coisa leva à outra e à outras, pois aproximam à outrem, considerando que estas tardiam aquelas cujo foco esteja voltado ao socialmente correto, perfeito, embora inócuo - ou nem tanto.

Pois bem.. é possível que, ao mesmo tempo, exista uma aproximação saudável do social. Este dependerá exclusivamente da tenuidade de uma linha a ser seguida perante os acontecimentos.

O que seria de nós sem eles? O que seria da vida sem nós? ahah

Predisposições à vontades e posteriores decisões relativas à esse assunto não são simplesmente fantasias. Bizarrices à parte, existe ae um suprimento vital, o qual tem o poder de mover, incitar, enlouquecer e condenar.

O interessante está em fazer o que não se deve, mesmo que seja apenas pelo fato de querer sentir aquela adrenalina louca correndo pelas veias, esperando para ser pego no flagra com todo o orgulho do mundo e dizer: Sim, eu fiz e faria de novo.

Certo ou errado, existe um mundo ae fora que se julga apto a discernir tudo o que o diz respeito, mesmo não estando a par de peculiaridades alheias, que poderiam levar à extremas exceções.

Obviamente que o meio termo seja imprescindível para não se esquecer que o direito do outro começa onde termina o seu. No entanto, esse "poder ou não poder" sempre acaba entrando em conflito com um grande montante de detalhezinhos que fazem qualquer um perder a cabeça pois, quando analisados minuciosamente, tem-se a impressão de que estes destroem uns aos outros - o que os tornam descartáveis.

Julgados, condenados, aborrecidos, satisfeitos ou não, essa pilha guia todo indivíduo juntamente com demais desejos e sensações. Ainda que neguem, todos estão sujeitos sim.

O que se tem afinal? Uma vontade mórbida de autodestruição? Tentativa em massa de desestabilização do meio social? Nãããoo.. definitivamente, não.

Acreditem, não passam de iniciativas em busca de prazeres distintos que tornam a sobrevivência mais leve, tranquila, picante e engraçada, de certa forma. É exatamente nesse ponto que entra a percepção ilusória de liberdade.. ou libertinagem. Senão, tudo isso junto! rs

Tudo é desculpa, tudo é motivo..

Get busy living or get busy dying..

sábado, 12 de dezembro de 2009

Perdido..


Aquilo sempre esteve ali, consigo, dentro de um espaço específico.

Aquele talvez estivesse presente antes, provavelmente em forma latente, se é que um dia realmente existiu.

Aquilo corre, procura o que sempre teve, busca incansavelmente, bravamente, inclusive, no entanto, esbarra com aquele.

Aquele circunda, observa, manipula e continua enquanto aquilo desiste, pára no tempo e pensa: "Como é possível"?

Aquilo cansado, sufocado, desespera-se e começa a dar voltas e mais voltas sem sair do lugar.

Aquele parece não muito se importar, obviamente foca seus objetivos e os cerceia sem pudor, querendo sempre mais.

Aquilo, numa breve reflexão, recorda-se que aquele de fato nunca existira ou, em decorrência de especificidades, talvez, simplesmente possa ter sido fruto da união de diversas suposições - precipitadas, logo pensou.

De qualquer forma, aquilo sabe onde é o seu lugar, sabe se posicionar, embora, devido às demais circunstâncias agora entenda que, desde o princípio, só houvesse uma saída: Cumplicidade, cadê?

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Conflito..


Que dia lindo!

Lindo o caramba!

Como não?

Não consegue ver que está nublado? Ficou cego ou simplesmente não sabe mais distinguir as coisas?

Não acredito no que estou ouvindo..

Ahh não? Fora o tempo horrível, preciso citar o calor infernal que tenho sentido nos últimos dias, em decorrência dessa instabilidade cretina? Isso porque nem estamos no verão, ainda!

Agora.. posso?

Chiumpf! Tô de mal humor!

Mesmo assim.. não piore as coisas.

Hmmmm..

Será que você consegue sair um pouco de SI, de suas ilustres percepções, se desprendendo da SUPERFICIALIDADE para entender que o dia está magnífico para aproveitar e pensar em algo diferente, sair um pouco da sua rotina.. observe, inclusive, essa fina chuva que acabara de começar.. entre nela.. aproveite-a.. não esqueça de refrescar a sua cabeça e rever os seus conceitos.. EXTREMISTA.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Delírios..


Noite.. fria e úmida, quieta. Apenas o barulho das águas toma conta do espaço. O negro do céu já não é mais tão intenso, lua cheia.. enorme e cativante ela vem, brilhante, clara, reluzente. A areia molhada congela os dedos, ao passar do tempo já nem sinto mais meus pés direito. Isso até que outro elemento cerceie  meu corpo. As pequenas ondas batem delicadamente sob minhas pernas.. continuo andando. Em busca de algo.. algo que nem eu mesmo sei direito onde procurar. Adentro mais, preciso dessa sensação. Embora saiba que sair será a parte mais difícil. Mesmo que continue perdido, eu o busco. Incansavelmente. O silêncio dá espaço para minha mente, que não pára. Pensamentos, devaneios, loucuras. Continuarei ali enquanto durar. Apenas a luz me observa, ao lado da escuridão. Confesso que ficaria até o último instante, até não poder mais respirar. É algo que me enche, me completa. Estrelas, minhas cúmplices, preciso sair mas não posso, não quero, embora acredite que deva. Gostaria que fosse sempre meu. Droga. Nem tudo depende de mim, logo amanhecerá. Preciso sair e não devo mais voltar. Não quero!

Continuo ali por horas. Sorrateiramente me retiro, devagar.. quase nem percebo. Deixo a correnteza me levar. Me sento, ainda dentro. Começo a sentir a brisa gelada bater devagar em meu corpo. Friio!

A dor vai aumentando. Quase me congela. Me sinto só de novo. Mesmo que esteja apenas com metade de mim para fora. Na verdade, não é metade, é bem pouco. Pouco mas o suficiente para me fazer chorar. Me deixar triste por talvez não ter conseguido de novo. Penso se volto ou se saio de vez. Friio! Cada vez mais frio! E permaneço ali. Permaneço e percebo que não depende mais da noite ou do amanhecer. Afinal, agora sou a única pessoa que pode decidir isso.

Espero que nunca mais amanheça. Espero nunca mais ver o dia. Não consigo sair dali. As lágrimas descendo no rosto são as únicas coisas quentes que restam de mim. O sentimento de vazio tomou conta do resto. Preciso voltar, não quero sair. Mas tenho medo de entrar de novo.

A água vai descendo cada vez mais. Chegou a hora. A luz começa a tomar conta da escuridão aos poucos. Não quero! Não quero!

Frio, claridade, barulho e vazio. Acho que vou morrer... :(